quinta-feira, 21 de maio de 2009

O que é o Bodo?
As tradicionais Festas do Bodo remontam à Idade Média. Ligadas às colheitas, abundância, solidariedade e acção de graças, a sua popularidade ainda hoje perdura, mantendo-se como as festas mais importantes do concelho de Pombal – que este ano convidam todo o país a juntar-se à diversão.
Qual a origem das Festas do Bodo?
A origem das Festas do Bodo perde-se no tempo. Segundo a lenda, uma praga de gafanhotos e lagartas atingiu violentamente os pombalenses. Esta situação era tão insuportável que obrigou o povo a ir à Igreja Matriz, prometendo à Senhora de Jerusalém uma festa, se esta os livrasse de tão grande calamidade. As súplicas foram ouvidas: na manhã seguinte já o terrível inimigo tinha evacuado os campos e as searas. D. Maria Fogaça, senhora rica e devota, decide patrocinar inteiramente os festejos. Nessa festa, foram oferecidos ao pároco da vila enormes bolos aos quais chamaram “bodos”. Pelo seu grande tamanho, ao serem postos no forno, um ficou mal colocado. Um criado, invocando o nome da santa, atreveu-se a entrar rapidamente no forno, consertou-o e saiu ileso. Tal facto correu logo todo o povo, como um novo milagre, e deu origem à festa do Bodo. A partir de então, a festa passou a fazer-se com temerária devoção ao bolo, também alcunhado de “fogaça”.
Prezuiso do bodo de 2008
Há dias um amigo pediu-me que lhe respondesse a esta pergunta "Sobretudo em tempo de crise, o prejuízo de 300 mil euros do Bodo é inaceitável?". Respondi e abstive-me de comentar aqui porque era uma resposta que não tinha sido escrita com esse intuito. Contudo, o assunto continua a dar que falar e não posso deixar de dar a minha opinião, mais estruturada do que anteriormente e depois de já ter lido relatório de contas da PombalViva.

Acima de tudo está a haver aproveitamento político da situação. O prejuízo é, sem dúvida, elevadíssimo e exige responsabilização. Os números são maus, mas seriam admissíveis, se compararmos o custo/benefício com o custo/benefício do investimento de outros municípios ao tentar auto-divulgar-se. Seria um valor a corrigir, mas nunca seriam uma razão para crucificar alguém que investiu tempo e esforço para fazer por Pombal o que quase ninguém está disposto a fazer. O que não é admissível, é que o verdadeiro relatório de contas seja apresentado agora, depois de já ter começado o projecto Bodo 2009 e depois de ter sido escondido durante vários messes. A PombalViva diz que os valores só foram conhecidos após a apresentação dos resultados em Setembro, mas alguns deles foram pagos antes, como os respeitantes às deslocações e estadia de Bob Sinclar. Também os custos imprevistos representam erros graves de gestão, talvez fruto da inexperiência e passíveis de serem corrigidos e que acabam por ser toleráveis, pois todos temos o direito a errar, principalmente num mundo novo e tão complexo como a organização de um evento destes. Mais difícil de explicar serão as pulseiras oferecidas, os convites e livres-trânsitos, mas nada que não possa ser controlado este ano.

Vinicius 7ºa
Diogo 7ºa
Telmo 7ºa
Renato 7ºa
Alexandre Ribeiro 7ºa


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