terça-feira, 2 de junho de 2009

quinta-feira, 28 de maio de 2009





A historia de Pombal






Pombal é terra de história, de lendas e de gente ilustre. Do grande Marquês de Pombal, do historiador e escritor João de Barros, do político Mota Pinto, da poetisa Martel Patrício, do médico e escritor Amadeu da Cunha, entre tantos outros.
Sendo difícil situar o aparecimento do primeiro aglomerado populacional, não restam, no entanto, dúvidas quanto à presença dos romanos na região de Pombal, tendo em conta as moedas encontradas nas obras de restauro do Castelo. Antes da presença romana, está assente que a fixação demográfica na área da freguesia de Pombal remonta ao período neolítico, sem que, também aqui, seja possível determinar o local exacto do sedentarismo inicial.
Certo é que, no início do século XII, os Templários passaram pela região. Em 1126 terão encontrado uma povoação no lugar de Chões, hoje desaparecida. Esta terra deserta, de matos e brenhas fechadas e inóspitas entre Coimbra e Leiria, situava-se na fronteira das batalhas contra os sarracenos. Por esse motivo foi aqui erigida, por volta de 1147, uma fortaleza militar. Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, concede foral a Ega em 1131, depois a Redinha em 1159, e por fim a Pombal em 1174, renovado posteriormente no ano de 1176. A acrescentar aos dois forais, D. Gualdim Pais concede também a Pombal, em 1181, uma carta de privilégios.
Em 1509 D. Manuel passou por Pombal. Admirado com a povoação, ordenou a recuperação do Castelo, ficando o seu interior a servir de residência ao alcaide-mor da vila, Conde de Castelo-Melhor, e ordenou a abertura de uma porta, voltada para a vila. Por cima dessa porta, foram colocadas as armas da vila de Pombal, à qual revogou antigos privilégios concedendo-lhe foral novo, datado de 1 de Junho de 1512.
Deve-se ao Marquês de Pombal, que aqui viveu entre 1777 e 1782, a ordenação da parte baixa da vila. Então mandou construir, na Praça Velha, a cadeia, no sítio do antigo pelourinho e o celeiro, no lado oposto.
Na última década do século XVIII, a estrada real foi desviada para dentro de Pombal e foi construída uma ponte sobre o rio Arunca, numa obra dirigida pelo coronel-engenheiro Joaquim de Oliveira, que também abriu uma alameda arborizada até à frente do Emporão, dando à vila e a toda a região um novo incremento.
Estas condições excelentes para o desenvolvimento da região, vêm a ser travadas pelas invasões francesas. Em 1811 as tropas comandadas pelo general Massena, saquearam e incendiaram toda a povoação, circunstância que feriu a antiga pujança, completada pela mortandade ocorrida em 1833, quando a cólera-morbus transformou Pombal numa localidade abandonada.
A estrada real ficou totalmente desmantelada e intransitável, mas os governantes não mostraram qualquer interesse em mandar fazer reparações, preferindo desenvolver as carreiras marítimas com barcos a vapor, entre as cidades de Lisboa e Porto, o que concorreu para o isolamento total da vila com o resto do país. Esta situação só será ultrapassada em 1855, após a construção da via férrea, permitindo estabelecer comunicação rápida e fácil com os principais centros de Portugal.
A construção mais recente de modernas vias de comunicação, e a sua localização invejável, deram a Pombal um desenvolvimento único nesta região, transformando-a numa das cidades com os maiores índices de crescimento da zona centro do País, e dando ao Concelho condições únicas para a prosperidade dos seus habitantes.

planetários



Relação do Marquês com PombalContráriamente à crença popular, de que o Marquês de Pombal teria nascido na nossa região, assume-se hoje que nasceu em Lisboa, a 13 de Maio de 1699 onde foi baptizado a 6 de Junho do mesmo ano.
A sua ligação a Pombal terá surgido em 1724, depois da morte do seu pai 4 anos antes, e do seu casamento em 1723. Com 25 anos de idade, terá vindo para casa do seu tio, então proprietário da Quinta da Gramela, por motivo de desavenças com sua mãe como se pode depreender desta afirmação: "Observo que ao tempo em que tinha pouco mais de 20 annos de idade, quando no interior da minha familia houve algumas apparencias de discenssão, por fugir de controvérsias me degredei voluntariamente para o campo de Coimbra, preferindo por mais de sette anos a broa de milho de Soure à meza de meu Thio..". Após a morte do seu tio em 1737, toma posse por herança da Quinta da Gramela, aliás como acontece com os seus domínios em Oeiras e Sintra.
Afirmando-se como um dos maiores estadistas da nossa História, durante o reinado de D.José, desenvolve uma intensa actividade de recuperação económica, patrocínio das artes e cultura e revolução do pensamento político, que vem culminar com o acto extraordinário da reconstrução da cidade de Lisboa após o terramoto de 1755. Em reconhecimento da sua actividade recebe o título de 1º Conde de Oeiras e em 1759 recebe o senhorio de juro e herdade da vila de Pombal. A estes bens, vem juntar a Quinta de Nossa Senhora do Desterro, situada a Sul da Gramela, e a Quinta de S. Gião a Norte da Quinta da Gramela. Em 18 de Setembro de 1769 é nomeado primeiro Marquês de Pombal pelo rei D. José.
A morte do rei em 1777 marca o fim da carreira política de Carvalho e Mello. Com 78 anos e doente, sabe que chegou a hora dos seus adversários políticos clamarem por vingança. Pede assim a D. Maria I que o isente das suas funções e que lhe permita retirar-se para Pombal. A rainha concede-lhe a exoneração por decreto de 4 de Março de 1777, conservando-lhe uma comenda de Cristo. A 15 de Março, regressa a Pombal, definitivamente, e instala-se numa casa na Praça, junto à Matriz, talvez porque com o seu estado de saúde esta lhe oferecesse maiores condições do que a Quinta da Gramela, tão afastada da vila.
Em 1778 é acusado de fraude, roubo e abuso de poder pelos seus inimigos políticos, e é-lhe instaurado um processo, do qual admite culpas de ter sido inconveniente na defesa apresentada, já que esta se baseava em dizer que teria apenas seguido as ordens do Rei. É considerado culpado e obrigado a conservar-se distante da corte "na distância de vinte léguas". Na sequência deste processo várias humilhações esperam Carvalho e Mello, em Pombal. Esquecendo o desenvolvimento económico que o Marquês trouxe ao Concelho, a fidalguia local torna-o então em "personna non grata".
O desembargador Luís Godinho Leitão, enquanto proprietário, levanta o dedo contra o Marquês acusando-o de ter mandado "cortar a metade dos Carvalhos, e outras Arvores, como tambem o numero de trez ou quatro mil Oliveiras; de sorte que a dita fazenda (nos arredores de Pombal) ficara totalmente arruinada...." Carvalho e Mello apresenta uma vigorosa e bem documentada defesa em forma de súplica à Rainha "em defesa da propria reputação que por 80 annos sucessivos procurou sustentar em quanto nelle esteve" declarando inclusivamente que "Todos estes factos são porem fingidos e diametralmente contrarios às verdades tão publicas e notorias na Villa de Pombal"
Casos como este, são exemplares dos últimos anos da vida do Marquês na nossa cidade, e o tratamento com que foi contemplado, não termina com a sua morte em 1782, como poderemos constatar da Relação de Pombal com o Marquês depois da sua morte.

Mini Cooper






















The Players:
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Dylan 7ºA
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Paulo 7ºA

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A personalidade do Marquês e o seu governo controverso permanecem motivo de polémica até hoje. Detestado por muitos, admirado por outros, a controvérsia que a sua actuação suscitou ao longo de décadas, perpassa, como um fio condutor. Para além do mito, ficou o lastro ideológico, a um tempo reformador e autoritário, voluntarista e despótico que atravessa todos os quadrantes da sociedade portuguesa.















Um outro marquês, chega a Portugal como embaixador de França, após a morte do Ministro, e é confrontado com a sua sombra nas paredes do paço real e na memória dos seus descendentes, dos que lhe sucederam no governo do Reino e da própria Rainha. António Pedro Vicente faz uma síntese rigorosa da actuação pombalina, no contexto do Iluminismo, sublinhando que o Marquês foi, sobretudo, um percursor do Portugal moderno.







Marquês de Pombal




















1-Qual a relação entre a cidade de poimbal e o Marquês de Pombal?Quando,como e porquê?
Pombal é um concelho do Distrito de Leiria, região Centro e sub-região do Pinhal Litoral, com cerca de 16000 habitantes. É sede de um município com 626,36 km² de área e 56 300 habitantes (2001), subdividido em 17 freguesias: Abiul - Albergaria dos Doze - Almagreira - Carnide - Carriço - Guia - Ilha - Louriçal - Mata Mourisca - Meirinhas - Pelariga - Pombal - Redinha - São Simão de Litém - Santiago de Litém - Vermoil - Vila Cã. O município é limitado a norte pelos concelhos da Figueira da Foz e de Soure, a leste por Ansião e Alvaiázere, a sueste por Ourém, a sudoeste por Leiria e a oeste possui uma faixa de litoral no Oceano Atlântico. Pombal encontra-se a cerca de 150 km das cidades de Lisboa e Porto, a 33 km de Coimbra, a 26 km de Leiria e a 30 km da Figueira da Foz. Pombal é terra de história, de lendas e de gente ilustre. Do grande Marquês de Pombal ao historiador e escritor João de Barros, entre tantos outros, (...) certo é que, no início do século XII, os Templários passaram pela região. Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, concede foral a Pombal em 1174, renovado posteriormente no ano de 1176. Deve-se ao Marquês de Pombal, que aqui viveu entre 1777 e 1782, a ordenação da parte baixa da vila. Aconselhamos a visita ao castelo de Pombal, à igreja matriz de S. Martinho, à igreja N. Sr.ª do Cardal, à Ponte Romana da Redinha, à igreja do Cardal e à igreja do convento do Louriçal (séc. XVIII).

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O que é o Bodo?
As tradicionais Festas do Bodo remontam à Idade Média. Ligadas às colheitas, abundância, solidariedade e acção de graças, a sua popularidade ainda hoje perdura, mantendo-se como as festas mais importantes do concelho de Pombal – que este ano convidam todo o país a juntar-se à diversão.
Qual a origem das Festas do Bodo?
A origem das Festas do Bodo perde-se no tempo. Segundo a lenda, uma praga de gafanhotos e lagartas atingiu violentamente os pombalenses. Esta situação era tão insuportável que obrigou o povo a ir à Igreja Matriz, prometendo à Senhora de Jerusalém uma festa, se esta os livrasse de tão grande calamidade. As súplicas foram ouvidas: na manhã seguinte já o terrível inimigo tinha evacuado os campos e as searas. D. Maria Fogaça, senhora rica e devota, decide patrocinar inteiramente os festejos. Nessa festa, foram oferecidos ao pároco da vila enormes bolos aos quais chamaram “bodos”. Pelo seu grande tamanho, ao serem postos no forno, um ficou mal colocado. Um criado, invocando o nome da santa, atreveu-se a entrar rapidamente no forno, consertou-o e saiu ileso. Tal facto correu logo todo o povo, como um novo milagre, e deu origem à festa do Bodo. A partir de então, a festa passou a fazer-se com temerária devoção ao bolo, também alcunhado de “fogaça”.
Prezuiso do bodo de 2008
Há dias um amigo pediu-me que lhe respondesse a esta pergunta "Sobretudo em tempo de crise, o prejuízo de 300 mil euros do Bodo é inaceitável?". Respondi e abstive-me de comentar aqui porque era uma resposta que não tinha sido escrita com esse intuito. Contudo, o assunto continua a dar que falar e não posso deixar de dar a minha opinião, mais estruturada do que anteriormente e depois de já ter lido relatório de contas da PombalViva.

Acima de tudo está a haver aproveitamento político da situação. O prejuízo é, sem dúvida, elevadíssimo e exige responsabilização. Os números são maus, mas seriam admissíveis, se compararmos o custo/benefício com o custo/benefício do investimento de outros municípios ao tentar auto-divulgar-se. Seria um valor a corrigir, mas nunca seriam uma razão para crucificar alguém que investiu tempo e esforço para fazer por Pombal o que quase ninguém está disposto a fazer. O que não é admissível, é que o verdadeiro relatório de contas seja apresentado agora, depois de já ter começado o projecto Bodo 2009 e depois de ter sido escondido durante vários messes. A PombalViva diz que os valores só foram conhecidos após a apresentação dos resultados em Setembro, mas alguns deles foram pagos antes, como os respeitantes às deslocações e estadia de Bob Sinclar. Também os custos imprevistos representam erros graves de gestão, talvez fruto da inexperiência e passíveis de serem corrigidos e que acabam por ser toleráveis, pois todos temos o direito a errar, principalmente num mundo novo e tão complexo como a organização de um evento destes. Mais difícil de explicar serão as pulseiras oferecidas, os convites e livres-trânsitos, mas nada que não possa ser controlado este ano.

Vinicius 7ºa
Diogo 7ºa
Telmo 7ºa
Renato 7ºa
Alexandre Ribeiro 7ºa